Fitch rebaixa nota de crédito AAA do governo dos EUA para AA+
Nesta terça-feira, a agência de classificação Fitch rebaixou a classificação de crédito do governo dos Estados Unidos de AAA para AA+, citando uma esperada deterioração fiscal nos próximos três anos e um crescente ônus da dívida do governo.
O rebaixamento ocorreu após um acordo de teto de dívida em junho, que aumentou o limite da dívida para US$ 31,4 trilhões. Segundo a Fitch, houve uma constante deterioração nos padrões de governança nos últimos 20 anos, incluindo questões fiscais e de dívida, apesar do acordo bipartidário de junho.
As classificações de crédito são importantes para os investidores avaliarem o risco ao obter financiamento nos mercados de dívida. Os investidores utilizam essas classificações para medir o perfil de risco de empresas e governos, impactando suas decisões de investimento.
Em resposta ao rebaixamento, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, discordou da decisão da Fitch, considerando-a arbitrária e baseada em dados desatualizados. Yellen expressou sua preocupação com o impacto dessa mudança na percepção do risco dos investidores.
É importante ressaltar que em 2011, durante uma crise anterior do teto da dívida, a agência Standard & Poor’s também reduziu a classificação máxima dos EUA de AAA para AA+, citando questões políticas e perspectivas fiscais insuficientes. Atualmente, a classificação da Standard & Poor’s para os Estados Unidos ainda é AA+, a segunda mais alta.
A Fitch já havia colocado a classificação AAA da dívida soberana dos EUA em alerta para um possível rebaixamento em maio, citando riscos negativos, incluindo temeridade política e um crescente peso da dívida. Essas preocupações foram fundamentais para a decisão final de rebaixamento.
Em meio a esse cenário, os mercados e os investidores estarão atentos às implicações desse rebaixamento para a economia dos Estados Unidos e para o comportamento dos investidores, especialmente em relação às taxas de juros e às condições de financiamento. A situação econômica global e as medidas futuras do governo americano para enfrentar os desafios fiscais também serão monitoradas de perto pelos analistas e investidores.
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